sábado, 23 de abril de 2022

O futuro chegou em Santiago

Santiago está preparada para receber os veiculos elétricos



 Santiago está preparada para receber os veiculos elétricos

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terça-feira, 12 de abril de 2022

Seu Sopeña, o fotógrafo


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Por Vanderlei Almeida

 "SEU" SOPEÑA, O FOTÓGRAFO INCENDIÁRIO

Ele nasceu na Espanha. Quando moço, saiu a correr mundo para a batalha da vida.
Morou 3 anos em Cuba. Depois, Rio de Janeiro, Minas, São Paulo, Buenos Aires e, finalmente, Santiago. Aqui viveu, trabalhou e terminou seus dias.
Foi um pioneiro em seu mister. Um exemplo de bondade e honestidade; amigo tanto dos velhos como das crianças. Para os velhos, como comerciante de revistas que era, vendia "O Malho" e "Cine-Arte", e para gurizada da época, "O Tico-Tico" e o "Mirim". Mas ficou mais conhecido como Fotógrafo.
Foi o primeiro fotógrafo que nossa terra teve: Don Manoel Sopeña Diaz--- aquela boa criatura que o povo chamava simplesmente de: "Seu Penha". Algumas de suas fotografias como de suas próprias aventuras como fotógrafo, ficaram célebres.
O fato que vamos relatar aconteceu em 1927. Era em pleno Carnaval santiaguense.
As marchinhas de Noel Rosa e Lamartine Babo faziam sucesso, como sucesso faziam as fotografias desse bondoso espanhol.
Naquela noite ele ia fotografar a Rainha do Carnaval do Clube dos Morenos,-- era uma linda mulata chamada chamada Célia, filha do dono do Clube. Essa sociedade reunia a nata das "gentes de Cor" daquele tempo. Eram humildes , mas honrados.
No salão, que era coberto de CAPIM, havia um estranho odor que não era bem lança-perfumes... mas até agradava os presentes, já acostumados...
Sopeña, no salão preparava sua pesada máquina de caixão, sustentada por um rústico tripé de madeira. Essa máquina pioneira possuía um exagerado fole de couro, que servia para focalizar a lente objetiva.
Preparava-se calmamente. A jovem Célia, junto ao seu bloco, ajeitava a sua faixa de cetim, que dizia , em letras de purpurina: "Salve a Rainha do Carnaval de 1927".
Nosso fotógrafo já estava a postos. Preparava o caixilho porta-chapas; focalizava, puxa o fole , e, quase entra dentro da máquina, pois existia um grande pano preto que cobria a máquina e parte do corpo do profissional.
Estava tudo pronto! Era só puxar o disparador! Mas como era noite, e na época não existia flashes eletrônicos ou elétricos, o fotógrafo usava um recipiente metálico que continha magnésio, um produto altamente inflamável; uma espécie de pólvora refinada, que era aceso, por um palito de fósforo, para provocar a luz ou claridade suficiente para a foto sair nítida.
Sopeña fixa os olhos na Rainha, no Bloco e em todos os presente, que pousavam para a posteridade: "Atención", e acendeu o magnésio, provocando uma grande claridade no salão.
A foto fora batida. A primeira fotografia noturna tirada em Santiago...Mas, também, infelizmente, foi o primeiro INCÊNDIO causado por uma máquina fotográfica!
O lume do magnésio atingiu o baixo forro de capim de que era coberto o salão. Os foliões, nessa altura, em vez de jogarem lança-perfume,agora jogavam era baldes d'agua, centenas de baldes d'agua. Contam os mais antigos, os mais entusiasmados, os criadores de lendas, que foi dessas centenas de baldes d'agua jogados naquele local é que nasceu aquela sanguinha do "Barro Preto",que insite em correr pelo pátio do "Ginásio Cristóvão Pereira", tentando sobreviver à inflexibilidade do tempo!
Fonte:Dornelles, Oracy
Páginas Impossíveis de Santiago do Boqueirão: crônicas
histórias e pitorescas./ Oracy Dornelles.- Santiago, RS:
Universo,2008

Antigo Hotel Viero

                    Antigo Hotel Viero    Antigo prédio do Hotel Viero foi vendido para o Damian e será demolido